Bonito e veloz, o roadster SLK povoa os sonhos de quem pode e de
quem não pode desembolsar mais de 200 000 reais por um esportivo
de dois lugares. O que poucos sabem é que a cultuada primeira geração
já pode ser adquirida por uma fração desse valor, mantendo o prestígio
que cerca um Mercedes-Benz. Para que o sonho não se torne pesadelo,
é preciso tomar cuidados: por ser um automóvel de uso mais restrito,
boa parte dos carros à venda é utilizada só para o lazer, possuindo
histórico de revisões e manutenção em dia. A falta da chave reserva
e do manual do proprietário não condenam, mas são indícios
comuns de unidades que tiveram sua manutenção negligenciada.Não caia na tentação de adquirir um SLK com muitos detalhes aserem reparados, pois suas peças são caras e raramente encontradasem pronta entrega, além de exigir mão de obra própria – o maiscomum é apelar para oficinas especializadas na marca. O ideal élevá-lo a uma autorizada ou oficina que tenha o scanner Star,que interage com a eletrônica do SLK. Por cerca de 150 reais se
obtém um relatório com datas das últimas cinco revisões,
a partir do qual é possível identificar defeitos ou mesmo
uma eventual adulteração na quilometragem original.
O SLK chegou ao Brasil em 1996, como modelo 1997.
Além da capota de teto rígido retrátil
(que o transforma num conversível ou num cupê),
agradava pelo motor de 2,3 litros com compressor: seus
193 cv eram capazes de levá-lo a 231 km/h, com acelerações
de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos. O câmbio manual deixou
de ser oferecido na linha 1998 e o carro ganhou um retoque
em 2000: para-choque com spoiler integrado, grade do
radiador pintada e novas lanternas. No interior, a fibra de carbono
deu lugar para madeira ou alumínio. Controle de estabilidade
passou a ser de série e veio a opção do V6 3.2 de 218 cv.